CIE Gare Centrale: A “Ressacs” depois do “ô!”
Com o início do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) marcado para dia 14 do presente mês, a Compagnie Gare Centrale determina o iniciar de uma viagem que perdurará até dia 21 de outubro.
Sendo uma estreia nacional, Ressacs ultrapassa um mar de emoções com risos e objetos animados, no Grande Auditório do Teatro Municipal do Porto – Rivoli, pelas 21.30h.
Com uma pluralidade de entendimentos, Ressacs (traduzido a português, Ressaca), é redimensionado a um movimento de ondas que, na sua significação, traduzem um casal perdido no mar numa “pequena banheira”.
O movimento é contraditório à estabilidade na mesa. Dois atores que permanecem sentados a uma mesa, contam uma história através de objetos e figuras exuberantes – Marionetas.
É desta forma que o “cenário perfeito” se transforma numa comédia social e poderosamente trágica: permanecendo na incerteza, na miséria e na crença religiosa vão descobrir um pedaço de terra que nada detém.
Os sonhos desenvolvem histórias das caravelas de Colombo e das grandes conquistas marítimas, mas haverá certezas de que a oportunidade de (re)iniciar uma vida com um património que determinam como seu será a sorte que “Deus” lhe deu? A Subjetividade certamente lhes atribuirá a resposta.
Agnés Limbos e Gregory Houben: a dupla que perdura à 11 anos
Desde 2006 que Agnès Limbos e Grégory Houben produzem trabalhos em conjunto. Iniciaram-se com a curta-metragem teatral “Ô!”, em Bruxelas, e passaram por “Troubles” até chegar a Ressacs.
Um teatro que apresenta ritmo, distância, precisão, ação e improbabilidade – depois de tudo, o nada.
A comédia desconcertante, realizada pela companhia Belga, que nos leva para uma imaginação à deriva no mar, já possuí os bilhetes disponíveis.